Mariana: as origens do nome da cidade.

As origens do nome da cidade de Mariana

22/04/2020 às 10h15

O extenso território da vila do Carmo fazia fronteira, a oeste, com Vila Rica e abrangia as nascentes do rio Doce e seus afluentes, os rios Piracicaba, Carmo, Piranga e Casca, estendendo-se até o sul com os limites do Rio de Janeiro. Em direção ao Espírito Santo, o termo da vila do

A Vila do Carmo abrangia áreas agrícolas vitalmente importantes e imensos sertões inteiramente desconhecidos. Durante a primeira metade do século XVIII, a vila do Carmo prosperava com a mineração. A Mineração na Vila do Carmo ganhou tanta importância a tal ponto que, em abril de 1745, a vila foi elevada à condição de cidade com a criação do bispado, desejo antigo da Coroa portuguesa que, desde 1720, tencionava criá-lo na região das minas. A nova cidade ganharia mais importância se ali fossem reunidas as sedes dos poderes administrativo e eclesiástico. Contudo, ao criar a Capitania de Minas Gerais em 1721, a Coroa preferiu estabelecer a sua sede em Vila Rica, que fora palco de várias rebeliões, como uma medida para conter as mesmas.

Em virtude da criação do bispado, a vila do Carmo foi elevada à condição de cidade pela carta régia de 23 de abril de 1745, pois “o Bispo não convinha que fosse vilão e sim cidadão”, chamando-se Mariana em homenagem à esposa de D. João V, a rainha D. Maria Anna D’Áustria, razão pela qual a nova cidade passou a denominar-se Leal Cidade de Mariana. O Engenheiro Militar e matemático José Fernandes Alpoim, desenho a planta da primeira cidade de Minas, cujo traçado, bem ao estilo militar, procurava remodelar a nova cidade e harmonizar a ocupação urbana efetivamente consolidada entre os córregos do Catete e do Seminário, com uma geometria bem rigorosa com relação ao formato das ruas, travessas e praças.

O nome Mariana foi não deveria se o nome da cidade, pois se fossem seguidos as ordens de denominação aos lugares tradição Portuguesa o nome da cidade seria Cidade do Carmo. O nome em homenagem a Rainha Dona Maria Ana Vitoria de Áustria gerou um pouco de atrito com a população local devido a cidade, não ter em seu nome nenhuma referência a uma divindade católica e não ter nenhum referência um acidente geográfico local.

Também é curioso e que a homenagem feita a Rainha foi em vida, o que contrariava a tração, e houve uma junção da os dois primeiros nomes da rainha MARIA e ANA.

 

 Que era a rainha Maria Ana Vitória de Áustria?

Nasceu em Lintz a 7 de Setembro de 1683, faleceu. no paço de Belém a 14 de Agosto de 1754. Era filha do imperador Leopoldo e de sua terceira mulher, a imperatriz D. Leonor Madalena Teresa de Neuburgo, irmã do imperador José, então reinante.

Em 1 de Janeiro de 1707, João Francisco António José Bento Bernardo, como 24º rei de Portugal, com o título de D.João V, o Magnânimo, o Rei-Sol Português

O rei estava solteiro e o casamento com D.Maria Ana da Áustria foi, com era um praxe da época, um acordo entre nações: Portugal e Áustria.

A então princesa Maria Ana viajou para Portugal e no dia 26 de Outubro chegou a Lisboa, onde teve uma belíssima recepção. No paço da Ribeira houve serenatas e músicas. No Terreiro do Paço queimaram-se fogos de artifício, e armou-se um anfiteatro, onde em três tardes sucessivas se realizaram corridas de touros. No dia 22 de Dezembro, um pomposo cortejo, com toda corte portuguesa e realeza  seguiu pra a Igreja  a de Santa Maria Maior  - a Sé  de Lisboa, onde se cantou um solene Te -Deum. Para comemoração do matrimônio esplêndidas festas, os deslumbrantes cortejos e cerimônias, foram  realizados em Viena de Áustria e em Lisboa.

A Rainha D.Maria Ana da Austria, era uma personalidade muito forte, de grande austeridade e católica fervorosa.

Muito devota, entregava-se muitas vezes a práticas piedosas, fundando conventos e igrejas, ajudando os pobres e dedicando-se a alimentação dos orfãos das principais cidades do Império Português. Interessava-se por coisas do mar  passeava ao longo do rio Tejo com a Família Real e a Corte, onde assistia freqüentemente a festas e serenatas no rio e lançamentos de navios no mar.

Apaixonada por música, a Rainha assistia sempre aos concertos e aos serões de ópera que havia na Corte do Paço da Ribeira, chegando mesmo a participar neles, ao tocar cravo e cantar pequenas árias, que dedicava aos filhos.

A rainha D. Maria Ana foi regente por duas vezes. A primeira foi em 1716, quando D. João V se afastou da capital. Retirado em Vila Viçosa, foi convalescer de uma doença.

A sua segunda Regência ocorreu no fim do reinado do marido, quando D. João V já estava completamente dominado pela doença que o matou.

A rainha-mãe morreu no Palácio de Belém, a 14 de agosto de 1754. D. Maria Ana foi enterrada no Mosteiro de S. João Nepomuceno, dos Carmelitas Descalços Alemães, por ela fundado. De acordo com o testamento, o coração foi levado para Viena e guardado lá na cripta imperial. Mais tarde, em 1780, por vontade da rainha D. Maria I, sua neta, os seus restos mortais foram trasladados para um novo mausoléu. Em 1855 os despojos de D. Maria Ana de Áustria seguiram para  junto do seu marido. Atualmente, o túmulo de D. Maria Ana de Áustria encontra-se no Museu Arqueológico do Carmo, estabelecido nas ruínas da Igreja do Carmo, em Lisboa.

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