Colégio Providência 170 anos

Imagine-se o ano de 1849. Imagine-se a inspiração de Dom Antônio Ferreira Viçoso, Bispo de Mariana, primeira cidade de Minas Gerais, dirigindo-se ao Padre Etienne, em Paris e obtendo dele o apoio para a vinda de 12 jovens missionárias francesas, com idades entre 18 e 20 anos, para atuar na região, que começava a sofrer os efeitos da decadência da exploração do ouro. Imagine-se a turbulenta viagem, por mar e por terra (a cavalo), dessas jovens de cultura européia, sem conhecer uma palavra da língua falada no país que as recebia. Imagine-se, sobretudo, daí para cá, um século e meio de ação educativo-cultural e social, no cumprimento da missão vicentina que essas jovens e suas sucessoras abraçaram e levam a cabo hoje, com o mesmo vigor de ontem, espalhado pelo Brasil inteiro.

Nos primeiros meses, enquanto aprendiam a língua portuguesa, iam-se ocupando das visitas domiciliares, cuidando de pobres e doentes. Em março de 1850, precisamente no dia 10, abriram as portas da Casa para a educação e o ensino.  Nascia o Colégio Providência. Era a formação humana, cristã, intelectual, de meninas, que se implantava na que foi a primeira capital do Estado. Na verdade, durante a metade do séc. XIX a única escola secundária feminina que funcionou em Minas Gerais para a formação de normalistas, ou professoras primárias, foi o Colégio Providência.

Anexo ao Colégio, que recebia alunas internas, vindas de várias partes e alunas externas, da cidade, foi fundado o orfanato, para abrigar meninas sem recursos ou sem família que só deixavam a Casa quando pudessem prover sua própria sobrevivência.  Era a inclusão, em seu sentido mais completo, tão propalada hoje e tão mal praticada, ainda, no país.  Vieram em seguida, o Hospital Nossa Senhora das Vitórias, o Lactário, a creche, a Vila Santa Luisa de Marillac, que ainda hoje abriga mulheres idosas e sem posses. Em 1902, o Colégio foi equiparado, pela qualidade da formação que oferecia, à Escola Normal Modelo, hoje, Instituto de Educação de Minas Gerais. Era o reconhecimento à ação transformadora exercida pela Companhia das Filhas da Caridade que, de Mariana, estenderam por todo o Brasil a marca inconfundível da Educação Vicentina. A primeira Casa das Filhas da Caridade no Brasil desafia o tempo, as dificuldades e prossegue, hoje, oferecendo Educação Básica – do Infantil ao Ensino Médio procurando sempre, manter a identidade vicentina de servir.

O “Museu Casa da Providência” materializa, no precioso acervo que guarda, a memória desse exercício de dedicação à Educação e à cultura através dos tempos.

Estes arquivo fotográfico possui imagens de: Arquivo Mracio lima, Arquivo Bethônico, Arquivo Colégio Providência, Gildete Moreira, Luiciano Torres, Cristiano Casimiro, César do Carmo e Fábio Júlio. 



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